Projeto de educação profissional do SESI e SENAI de São Paulo busca a formação de mão de obra para suprir demanda futura das indústrias com o uso da nanotecnologia.
O SESI – Serviço Social da Indústria, dedicado a atividades sociais, e o SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, focado na formação de mão de obra para as indústrias, são instituições nacionais sem fins lucrativos que preparam e capacitam trabalhadores para atender as demandas de mão de obra da indústria brasileira. Após uma pesquisa sobre tecnologias emergentes e importantes para o país, o SESI de São Paulo (SESI-SP) e o SENAI de São Paulo (SENAI-SP) perceberam na Nanotecnologia uma grande oportunidade de investir em conhecimento e influenciar a formação de jovens e crianças. O resultado foi a criação do Nanomundo, um projeto inédito com o objetivo de promover a educação profissional e tecnológica, a inovação e a transferência de tecnologias industriais, contribuindo para elevar a competitividade da indústria brasileira.
O SESI (Serviço Social da Indústria), dedicado a atividades sociais e o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), focado na formação de mão de obra para a indústria, são instituições nacionais sem fins lucrativos que preparam, capacitam e promovem educação profissional para trabalhadores, visando atender as demandas de mão de obra da indústria brasileira. Seus cursos em diferentes disciplinas e níveis de aprendizado exercem um forte papel social, colaborando para melhorar a vida do trabalhador e manter o Brasil como um dos grandes polos competitivos no mundo.
Com uma postura sempre visionária, comprometida com o futuro de nossas indústrias, as unidades do SESI-SP e SENAI-SP iniciaram em 2010 uma ampla pesquisa sobre tecnologias emergentes e importantes para o país. Deste estudo, surgiram seis áreas de foco: Nanotecnologia, Biotecnologia, Design, Tecnologia da Informação e Comunicação, Microtecnologia e Novos materiais.
Dê play no vídeo "Estudo de Caso: SESI/SENAI-SP - overview" (1min. 34sec.)
A Nanotecnologia vem promovendo descobertas revolucionárias em setores como medicina, eletrônica, higiene, cosmetologia, têxtil, entre outros, inovando modelos e processos de produção tradicionais em todo o mundo – o que é essencial para o desenvolvimento das indústrias e das nações.
Hoje, mais de 60 países já investem em projetos próprios ligados ao estudo dessa ciência (fonte: ABDI – Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial). Estima-se que o mercado de produtos que incorporam Nanotecnologia tenha alcançado US$ 263 bilhões em 2012, podendo atingir US$ 1,5 trilhão em 2015 (fonte: MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). Esses produtos vão desde roupas com propriedades repelentes e medicamentos mais eficazes até materiais extremamente leves e resistentes, tendo inúmeras aplicações em diversas indústrias.
Percebendo esse horizonte de possibilidades, o SESI-SP e SENAI-SP elegeram a Nanotecnologia como prioritária no desenvolvimento da indústria, concebendo o Programa de Educação em Nanociência e Nanotecnologia, também chamado de Nanomundo – um projeto de educação profissional inovador voltado a alunos dos ensinos Fundamental e Médio do SESI e dos cursos técnicos e tecnológicos do SENAI-SP.
O Programa é uma das atividades relacionadas com a necessidade do Brasil, do Estado de São Paulo e de instituições sérias, como o SESI e o SENAI, de promover a formação de uma nova liderança em ciência e tecnologia.
Walter Vicioni
Professor, superintendente do SESI-SP e diretor regional do SENAI-SP
Com uma grande expertise, tradição e pioneirismo em escolas itinerantes – O SENAI-SP conta com mais de 70 unidades móveis disponíveis para educação profissional –, distribuídas por todo o estado de São Paulo. O SENAI aproveitou esta expertise como estratégia inicial de ensino para o projeto de Nanociência e Nanotecnologia.
Essas escolas são verdadeiros laboratórios que proporcionam aos alunos a completa interação, entendimento e aplicação da Nanotecnologia por meio de experimentos práticos e equipamentos adotados pelas mais avançadas empresas de desenvolvimento nanotecnológico.
“A nanotecnologia é um conhecimento transversal a diferentes áreas do conhecimento. Ela está presente na biotecnologia, na indústria têxtil, na indústria farmacêutica, na indústria de cosmético, enfim, é uma tecnologia que transita em diferentes áreas. Por isso, nós entendemos que a gente não deveria ter apenas uma escola fixa”, diz o professor Walter Vicioni.
Para crianças do Ensino Fundamental, o projeto oferece exposições de Nanoesclarecimento com conceitos de fácil assimilação, demonstrados a partir de experiências simples (por exemplo, ampliar a garra de uma lagartixa para mostrar por que ela adere às mais diversas superfícies). Dessa forma, as crianças são apresentadas à visão da escala nanométrica (10-9) e entendem como a Nanociência está presente em seu dia a dia, sendo despertadas para o estudo desta e outras ciências.
Para os jovens do Ensino Médio, o conteúdo é formalizado através dos cursos de Nanoimersão com 20 horas semanais. Os cursos começam com uma introdução teórica em sala de aula e, posteriormente, encaminham os alunos para as escolas móveis, onde eles aplicam seus conhecimentos em diversos experimentos práticos, comprovando a importância da Nanotecnologia em produtos do nosso dia a dia, como protetores solares, sapatos, roupas e medicamentos.
“Mais do que ensinar ciência, nós queremos que nossos alunos façam ciência, se sintam plenamente à vontade com ela, que tenham ambientes que favoreçam esse fazer, que favoreçam esse melhor entendimento ao manipular objetos, instrumentos, microscópios. É uma outra visão para a educação básica do SESI e do SENAI”, explica Walter Vicioni.
O projeto também está aberto à prestação de serviços para empresas e indústrias interessadas em realizar pesquisas ou programas de capacitação de seus colaboradores.
“As escolas móveis não estão destinadas única e exclusivamente para os nossos alunos. Elas também se destinam a formar programas de capacitação, de qualificação profissional para a indústria, indo aonde houver essa demanda”, completa o professor Walter.
Através de sua distribuidora de microscópios, a dpUNION, a Hitachi High-Technologies do Brasil iniciou seu relacionamento com o projeto Nanomundo apresentando produtos de alta tecnologia, qualidade e mobilidade, como o Microscópio Eletrônico de Varredura TM3000.
Dê play no vídeo "Estudo de Caso: O Desafio - SESI/SENAI-SP - parte 1" ( 27sec.)
O grande desafio do Programa de Educação em Nanociência e Nanotecnologia do SENAI–SP é despertar a criança e o jovem para o estudo desta ciência de modo simples, dinâmico e amigável. Assim, espera formar novos profissionais, oferecendo um aprendizado em ambiente real com alta tecnologia através de equipamentos adotados pelos mais avançados laboratórios do mundo.
“Ela (a nanociência) é uma das matérias importantíssimas para a gente começar a romper esse ciclo vicioso, onde a escola só tem o papel de transmitir, quando o grande papel dela é mediar esse processo de aprendizagem, mostrando ao aluno que ele pode ir muito mais longe”, diz Walter.
Outro grande desafio do projeto Nanomundo é estimular o jovem em sua formação educacional. Em 2011, um relatório da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) apontava que as áreas de formação preferidas dos estudantes brasileiros do ensino superior eram ciências sociais, negócios, direitos e serviços (37,1%), seguidas por humanidades, artes e educação (29,3%). Portanto, o estímulo à formação de jovens cientistas é fundamental para o desenvolvimento tecnológico do país. O mesmo desafio também existe em países desenvolvidos, como os Estados Unidos.
O Programa de Educação em Nanociência e Nanotecnologia busca auxiliar nesse desafio, aproximando as crianças e os jovens do universo da tecnologia através da reprodução do universo de um laboratório nanotecnológico em escolas móveis.
O nosso projeto é exatamente para isso, para acontecer o interesse pela ciência, pela nanotecnologia, porque hoje a gente vê que o Brasil está um pouco escasso nesse estímulo.
NATHÁLIA MOREIRA
instrutora do SENAI-SP
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O Programa de Educação em Nanociência e Nanotecnologia do SESI-SP e SENAI-SP partiu de duas frentes, sendo a primeira delas a construção de 12 laboratórios fixos que hoje atendem alunos de cursos técnicos, graduação e pós-graduação em 3 unidades do SENAI-SP. A segunda contemplou a construção das 5 escolas móveis, com laboratório nanotecnológico, que estão percorrendo as várias regiões de São Paulo, atendendo alunos das unidades do SENAI e do SESI do interior e capital.
As escolas móveis proporcionaram ao projeto um formato muito mais dinâmico, moderno e atraente aos olhos de estudantes e sociedade. Porém, trouxeram consigo a dificuldade de reproduzir o universo de um laboratório nanotecnológico dentro de um espaço móvel e reduzido, sem perder a qualidade, funcionalidade e confiabilidade dos equipamentos.
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Uma vez definidas as principais características para construir e equipar essas escolas móveis, um time de engenheiros, técnicos, designers e montadores do SENAI-SP desenvolveu o projeto e iniciou o trabalho de seleção de equipamentos.
Por meio da consultoria técnica e comercial da dpUNION – distribuidora autorizada da Hitachi High-Technologies Brasil –, a equipe de inovação do SENAI-SP foi apresentada ao Microscópio Eletrônico de Varredura Hitachi TM3000, um equipamento portátil, compacto e fácil de operar.
Apesar de ser mais leve que os microscópios de bancada tradicionais, o TM3000 é extremamente resistente, podendo ser transportado sem comprometer sua qualidade e funcionalidade.
Até pouco tempo, a questão da nanociência exigia salas limpas. Mas equipamentos como o da Hitachi nos permitiram conceber uma escola móvel, porque o próprio microscópio é a unidade limpa, é a sala limpa.
WALTER VICIONI
Professor
No microscópio eletrônico TM3000, a experiência de ampliação e pesquisa de componentes torna-se simples e de fácil acesso. Na prática, basta abrir o equipamento, posicionar o material a ser analisado, ampliá-lo em um compartimento próprio e fechar a câmara.
Poucos minutos após a calibração, é possível ver o material em estudo com uma ampliação nítida de até 30 mil vezes e, em apenas um toque de botão, receber uma análise completa dos componentes químicos que integram aquele material.
“Eles (os alunos) conseguem descobrir se a aliança deles é de ouro ou não, isso desperta a curiosidade. Às vezes eles procuram as respostas em outros lugares, e aqui eles conseguem encontrar usando esse microscópio eletrônico”, explica Nathália.
Além de sua alta capacidade de ampliação, o TM3000 possui aceleração variável (5kV e 15kV), estágio e câmara maiores, bem como alta resolução e um detector de elétrons retroespalhados projetado para fornecer desempenho e qualidade de imagem incomparáveis.
“A gente consegue colocar alguns insetos ali e eles (alunos) ficam impressionados de ver como que é a estrutura que a olho nu a gente não consegue enxergar. A gente consegue ver as unidades mínimas de formação de cada material que eles colocaram ali dentro, então eles ficam realmente impressionados”, diz a instrutora Nathália.
Com o TM3000, o SESI/SENAI-SP pode oferecer a estudantes de todas as idades a oportunidade de usar um equipamento altamente tecnológico, aproximando-os com muito mais interesse do mundo da Nanotecnologia.
Ele (o microscópio) é muito fácil, simples de mexer, facilita muito. Mesmo as pessoas que não têm um conhecimento adequado sobre a tecnologia conseguem manusear ele bem.
KAICO
aluno do SENAI
Dê play no vídeo "Estudo de Caso: Resultados - SESI/SENAI-SP" (1min. 25sec.)
Desde o início de sua concepção, em meados de 2012, o projeto Nanomundo recebeu 23.500 pessoas, entre o público comum e alunos do sistema SESI-SENAI de São Paulo. O curso de Nanoimersão, iniciado em março de 2013, já atendeu cerca de 500 alunos do Ensino Médio (dados de junho de 2013), despertando no jovem a curiosidade, o interesse, e trazendo o conhecimento para os alunos do SESI-SP e SENAI-SP.
“A ciência nasce da dúvida e não da fé, então nossos alunos estão aprendendo a duvidar das coisas e buscar novos conhecimentos. Nesse processo, eles acabam se tornando pessoas bastante inconformadas, irriquietas, interessadas nesse conhecimento, nas explicações das razões. É nisso que nós estamos apostando em um programa como esse”, diz Walter.
“Eles entram aqui (na escola móvel) e ficam de boca aberta. Quando a gente começa a mexer nos equipamentos, eles não querem sair de perto, ficam muito interessados, realmente desperta o interesse deles”, relata Nathália.
Com um produto amigável e de fácil manuseio como o Microscópio Eletrônico de Varredura TM3000, a Hitachi segue dando sua contribuição ao projeto, tornando o estudo da Nanotecnologia e da Nanociência uma experiência cada vez mais fascinante e amigável para jovens e crianças.
Eu descobri que tem um mundo bem menor do que a gente imagina. Eu nunca podia imaginar que eram os pelinhos da pata da lagartixa que faziam ela grudar na parede.
GABRIEL
aluno do SENAI-SP
Eu percebi que nada é como a gente vê. Tem milhões de coisas menores que a gente pensa que não existem, mas através da nanotecnologia a gente consegue enxergar essas coisas.
KAICO
aluno do SENAI-SP
Data de Publicação: Janeiro de 2014
Soluções Por: Hitachi High-Tecnologies do Brasil, Ltd.